quinta-feira, 2 de julho de 2015

Não posso ficar longe de você

  Eu quero falar da dor. A dor que sinto no peito. Talvez mais para baixo...
  A ansiedade, o desejo, o tesão.
  Qualquer perna que melodicamente se movimenta pelas ruas me obriga, me convida a descobrir o que tem ao seu meio... todas elas me convidam à entrar. Principalmente as masculinas.
  E não pense você que isso é bom... só eu sei a dor que é amar um alguém, e isso inclui amar o prazer que me proporciona e não querer outro prazer, não querer outro alguém. Mas quando se está longe e o meu bem não pode me acodir sinto dor. A cabeça dói, eu xingo as pessoas, e de uma hora para outra estou triste.
  Fico aqui no meu sofá a imaginar as mais diversas obscenidades que essa minha mente ninfomaníaca me oferece, e não é bom.
  O desencontro de corpo e alma acontece a todo tempo. Minha alma cheira a flor, amor, respeito à quem amo, gosto, admiro. Minha alma é doce, quer o bem, quer só aquele alguém.
  Mas se estou longe do meu bem, o corpo treme, a compulsão me castiga... meu corpo suplica, e eu? Ah.. eu resisto, resisto porque sei que meu vício é insanável e que depois minha alma não exalará flor. Minh'alma junto a minha cabeça me deixarão ainda mais louca, a culpa... por não ter sido com o meu bem. E o medo de que o universo, de que as energias me tragam de volta essa infidelidade?...    Mas não é infidelidade, é desejo, é vício, é carne que lateja, buceta que se molha só de pensar...

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